Autor: Ali Shaw
Páginas: 287
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Uma coisa que deixou perplexa em grande parte das resenhas soltas pela internet - pessoas julgando um livro intencionalmente existencial como se devesse se assimilar a algum Harry Potter.
O gênero fica em meio-termo entre o romance psicológico e a elegia. Falando no pessoal, me apaixonei pela narrativa bucólica e elementar da obra, me fez sentir suja e mecanizada em alguns momentos, como se me transformasse em vidro junto com Ida. Midas contagia com sua ingenuidade e Ida com sua malícia e cobiça de libertação, os dois se completam, e descobrem isso aos poucos conforme o tempo passa. Henry filosofa sobre o irrecuperável, Carl vive um amor eternamente obsessivo.
Não é uma história feita para gerar suspense, e sim REFLEXÃO. Pra mim, isso é perceptível desde os primeiros capítulos, mas pelo visto nem todos entenderam.Pra quem não leu, uma recomendação: Estejam no clima de um universo frio e intenso da fantasia, não tenham EXPECTATIVAS EQUIVOCADAS. O livro não é ruim. Ali Shaw produziu um trabalho incrível, quem fez a cabeça para um suposto texto cheio de pontos de virada e grandes revelações que cometeu um erro. Abram seus olhos.